Priscila Lapa e Luciana Santana*
A disputa municipal em Recife, entre João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), é uma das eleições mais intensas e acirradas do país. Não apenas por ser uma competição entre primos pelo comando da capital ou entre candidaturas de esquerda, mas pelas campanhas marcadas por ataques, difamações e quebra de reputações.
E em meio a esse clima de embates, em que os dois candidatos se dizem vítimas de uma campanha acusatória, alicerçada em mentiras, foi realizado o último debate televisivo da eleição 2020, pela TV Globo.
Entre os momentos de tensão, houve troca de acusações sobre qual das gestões – PT ou PSB – deixou mais obras inacabadas e qual delas menos contribuiu para o desenvolvimento da cidade. Nesse aspecto, João Campos acusou o PT de não fazer autocrítica e Marília falou que o PSB recruta seu partido como aliado sempre que é da sua conveniência.
O processo do Ministério Público mais uma vez foi trazido por Campos, que buscou comparar a vida pública dos dois para mostrar que não há acusações contra ele. Já Marília adotou um tom mais combativo e mencionou as investigações da Polícia Federal a respeito de compras realizadas pela Prefeitura durante a pandemia. A questão religiosa também foi tratada em diversas ocasiões, inclusive quando o tema tratado foi diversidade.
Sem maiores revelações, o debate provavelmente contribuiu para reafirmar a posição de quem já havia tomada sua decisão.
Desempenho dos candidatos nas pesquisas
Na última pesquisa Datafolha divulgada quinta-feira (26/11), Marília Arraes (PT), candidata petista aparece com 43% das intenções de votos contra 40% de João Campos (PSB), candidato da situação.
Na primeira sondagem divulgada no dia 19/11, Marília tinha 41% e subiu 2 pontos. Campos teve o maior crescimento, 7 pontos. Antes aparecia com 34% das intenções de votos. É possível perceber mudanças também em relação à porcentagem de entrevistados que informaram que pretendem votar branco ou nulo. A porcentagem era de 21%, reduziu para 13%. A porcentagem de indecisos oscilou de 3 para 4%.
Desempenho candidatos nas pesquisas Datafolha
Cada instituto segue metodologia própria, mas ainda que não seja possível comparar pesquisas de intenções de votos, torna-se importante ressaltar que, na última semana, os números do Datafolha divergiram dos números da pesquisa Ibope. O que mais chamou a uma virada de Campos sobre Marília.
No levantamento publicado pelo Ibope no 19/11, João Campos (PSB) tinha 39% e subiu para 43% na pesquisa publicada no dia 25/11. Marília Arraes (PT) que liderava com 45%, caiu para 41%. A porcentagem de brancos e nulos permaneceu estável. E de indecisos cresceu apenas 1 ponto.
Desempenho candidatos nas pesquisas Ibope
Entusiasmo marca a campanha de Marília no segundo turno
A trajetória da candidata Marília Arraes (PT) no segundo turno começou embalada pelo entusiasmo. A sua votação no primeiro turno foi de 223.248 votos, o equivalente a 27,95%, deixando para trás Mendonça Filho (DEM) e a Delegada Patrícia (PODE). Em alguns momentos da apuração dos votos, Marília esteve à frente de João Campos (PSB), o que gerou entusiasmo em apoiadores e na militância, numa onda crescente de “virada”.
Ciente de que o antipetismo seria o mote da campanha do seu adversário, a candidata foi angariando apoio até de adversários locais do PT, que justificaram seu gesto como a aposta na mudança. O deputado federal Ricardo Teobaldo, presidente estadual do PODEMOS, passou por cima do primeiro turno e declarou que a legenda tem em Marília a representação da oposição ao PSB. Com esse mesmo mote, o prefeito reeleito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), se juntou ao time de apoio à petista. O ex-senador Armando Monteiro (sem partido), que apoiou Mendonça Filho no primeiro turno, veio a público declarar que somava forças à candidata do PT.
Trazendo emoções positivas como pano de fundo dos programas eleitorais no rádio e na TV, Marília permaneceu em postura crítica à gestão socialista, mas em debates passou a questionar a capacidade de liderança e de gestão do seu adversário. O seu desafio é captar os votos daqueles que optaram por outros candidatos no primeiro turno movidos pelo sentimento de mudança. No primeiro turno, nem sempre foi possível fazer a distinção entre sua candidatura e a do socialista, colocada por muitos – inclusive pelos seus adversários – como sendo iguais, aliadas, de esquerda.
Ainda que o antipetismo tenha aparecido no primeiro turno, ele não foi amplamente explorado como se imaginava na largada do processo, pois a candidatura do PSB era o grande alvo. Marília não teve sua candidatura desconstruída e isso pode ser um dos motivos pelos quais ela chegou ao segundo turno.
João Campos aposta no antipetismo e na desconfiança do eleitor
João Campos (PSB) tem protagonizado uma campanha cuja estratégia busca despertar no eleitorado o antipetismo e o sentimento de desconfiança sobre Marília Arraes. A ele não restou alternativa, já que, para vencer a eleição, precisa dos votos depositados nos seus adversários no primeiro turno. Necessita se diferenciar de Marília, neutralizando a percepção de que são dois candidatos jovens, de esquerda. Se não bastassem os vínculos familiares, seus partidos protagonizam episódios de alianças e rompimentos no cenário local.
Assim, o tom mais emotivo, propositivo, de posicioná-lo como jovem, porém determinado, e tecnicamente preparado, foi sendo substituído pelo mote “Marília é PT”; pelo resgate de críticas às administrações petistas na cidade; pela comparação dos seus mandatos de deputado federal, apresentando a petista como alguém que tem um desempenho aquém do seu; e pela exploração de denúncias e possíveis indiciamentos de Marília pelo Ministério Público.
As primeiras propagandas de João Campos (PSB) no primeiro turno apontaram que Marília viabilizou sua candidatura por manter relações amistosas com membros da executiva nacional do PT, insinuando que essas lideranças petistas dominariam a prefeitura do Recife, caso Marília vença a eleição.
O que os diferencia as duas candidaturas de esquerda?
Não é pelas propostas que o eleitor tem conseguido diferenciar João Campos e Marília Arraes. Para cada proposta, uma acusação, um ataque ou uma tentativa de defesa. Na trajetória do segundo turno, apenas alguns aspectos específicos das propostas entraram na agenda eleitoral. Um exemplo disso foi o projeto apresentado por Marília Arraes, intitulado “Palafita Zero”, que pretende retirar famílias de palafitas com a construção de unidades habitacionais. João Campos acusou a candidata de desconhecer o custo para zerar as palafitas e que, portanto, ela estaria prometendo algo inexequível. A candidata rebateu mostrando as deficiências na área habitacional na atual gestão. E, assim, do debate acerca de uma proposta, imediatamente se chegou a um novo embate com elementos de desqualificação do adversário.
A famosa polarização direita versus esquerda se diluiu pelo debate mudança versus continuidade, mas agora de forma mais acentuada com referências de que mudar significa votar no PT. João Campos tem afirmado em entrevistas e debates que não terá secretários e nenhum membro do Partido dos Trabalhadores em seu staff. Nesse cenário, a diferenciação seria: “eu não sou do PT”, com tudo o que isso possa significar para o eleitor.
Outra diferenciação tem sido buscada pelas alianças firmadas e pelos perfis dos apoiadores. Marília Arraes buscou resgatar as realizações das gestões petistas na cidade, sem fazer menção aos ex-prefeitos petistas. Agora em 2020 o ex-prefeito e deputado João Paulo, hoje no PCdoB, disputou a eleição no município vizinho, Olinda, sem sucesso. No segundo turno, ele declarou apoio à Marília Arraes, ainda que seu partido, antes aliado recorrente do PT, hoje seja um braço direito do PSB, ocupando, inclusive, a vice-governadoria.
O ex-prefeito petista João da Costa, que disputou a eleição de vereador no Recife, e também não ganhou, fez diversas críticas a Marília Arraes no início da campanha, ressaltando o seu descolamento em relação às bases do partido. Agora no segundo turno, declarou seu apoio público à candidata. Era o que a campanha de João Campos queria: mostrar que as administrações petistas não foram suficientemente competentes, uma vez que Costa saiu da prefeitura com baixíssima avaliação, em 2012, sem sequer conseguir ser candidato à reeleição.
Nos debates, Campos passou a mencionar enfaticamente que Marília é a candidata de João da Costa, mais uma vez na tentativa de aflorar o sentimento anti-PT e gerar desconfiança sobre um possível mandato de Marília e seus aliados.
Contudo, a aliança entre PT e PSB é uma das maiores marcas da política local. Seria normal o fato de terem sido parceiros e hoje serem adversários. Mas a forma como se deu o processo deixou marcas que estão sendo exploradas pelos competidores na conjuntura atual.
Os dois partidos foram aliados nas três gestões petistas na capital pernambucana: 2000-2004; 2005-2008; 2019-2012. Em 2012, o PSB lançou candidato próprio, Geraldo Júlio, que venceu no primeiro turno, apesar de ser um quadro técnico do Tribunal de Contas do Estado, sem qualquer experiência política. Foi uma estratégia exitosa do ex-governador Eduardo Campos, que enxergou uma grande oportunidade de ganhar a prefeitura do Recife esquivando-se da briga interna do PT para definir quem seria o seu postulante. Isso porque, diante da má avaliação da gestão de João da Costa, uma ala do partido passou a defender que ele não fosse candidato à reeleição e que outro nome deveria substituí-lo. A briga, envolvendo a executiva nacional, gerou desgastes públicos para a legenda, que lançou Humberto Costa (atualmente senador pelo partido) e amargou o terceiro lugar. A partir dali, o PSB se tornou o grande protagonista da aliança política de esquerda no Recife.
Em 2016, a rivalidade entre os dois partidos foi reforçada. Geraldo Júlio foi para o segundo turno com João Paulo, à época no PT, e venceu com 61,30% dos votos. No cenário nacional, o PT amargava o seu pior desempenho na história recente, influenciado sobretudo pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Dois anos antes, PT e PSB viveram a maior desavença da trajetória dos partidos no contexto estadual. Eduardo Campos lançou-se candidato a presidente, com uma aprovação da sua administração que ultrapassava os 60%. Com a tragédia ocorrida, o eduardismo se tornou uma vertente política forte, avassaladora, quase. O PSB optou por abraçar a candidatura de Marina Silva, colocando-se como oposição nacional ao Partido dos Trabalhadores. No segundo turno, rumou para apoiar Aécio Neves. Era um choque com o caminho mais à esquerda que sempre percorreu. No plano local, os socialistas garantiram a eleição de Paulo Câmara para governador, mais um técnico escolhido por Eduardo Campos, como estratégia para não dar protagonismo a nenhum partido aliado em específico e manter a hegemonia do PSB.
Esse rompimento com o PT em 2014 levou o PSB a liberar secretários estaduais para reassumirem seus cargos de deputado federal para votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff, o que causou ainda mais distanciamento com seus antigos aliados petistas. Mas não contavam com a mudança de cenário que se deu no Brasil em 2018.
O grande nome do PT em Pernambuco era o senador Humberto Costa, que pleiteava sua reeleição. Ao mesmo tempo, o palanque do governador Paulo Câmara minguava pelo desgaste da gestão socialista. Marília Arraes entra nesse contexto, pois, em 2016, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores, após imenso desgaste dentro do PSB, tornando-se uma das principais críticas dos socialistas. Em 2018, pleiteava lançar sua candidatura a governadora do Estado. Mas, pela intervenção de Humberto Costa, teve seu nome retirado da disputa. Assim, os dois partidos rumaram juntos e garantiram não só a reeleição do senador como do governador no primeiro turno. A aliança beneficiou os dois. E Marília permaneceu como um nome viável, uma espécie de “carta na manga” para o PT.
Até o início de 2020, especulava-se a possibilidade de manutenção da aliança, mais uma vez “sacrificando” as pretensões de Marília Arraes. Mas desta vez foi diferente. Seu principal padrinho político, o ex-presidente Lula, foi um defensor de primeira hora da sua candidatura, o que foi acatado pela Executiva Nacional do partido. Como a aliança entre os dois inviabilizada, foram geradas expectativas sobre como seria a condução dos discursos: se os adversários iriam partir para o ataque, mesmo tendo rompido a relação muito recentemente, somado ao fato de membros do PT ainda manterem cargos na gestão socialista.
No primeiro turno, os candidatos de centro-direita utilizaram essas idas e vindas dos dois partidos para dizer que se tratavam de uma coisa só. E para muitos eleitores isso fazia todo o sentido.
Marília Arraes ou Marília?
Marília tentou firmar-se como uma liderança com personalidade própria e protagonismo. No início da campanha, foi cobrada por não utilizar os símbolos e cores do partido. No entanto, além das alusões ao seu avô Miguel Arraes, a candidata trouxe a figura de Lula para os seus programas e viu o crescimento da sua intenção de votos acontecer. Passou a resgatar os feitos das administrações petistas, tanto em âmbito nacional quanto localmente. A mensagem era: “É Lula, é Arraes. É Marília Arraes”. E completava dizendo ter orgulho de carregar no peito “essas duas histórias de luta”, porém advertia: “Não esqueça, eu sou Marília”.
Muito se debateu sobre o que e quem contribuiu para que Marília se viabilizasse no segundo turno. O fato de ser mulher teria sido um grande diferencial? Lula foi um cabo eleitoral mais eficiente do que o presidente Bolsonaro, que, ao apagar das luzes do primeiro turno, declarou apoio à candidata Delegada Patrícia? O quanto do eleitor petista esteve presente?
Em sua campanha no segundo turno, Marília passou a ser mais enfática na mensagem direcionada ao público feminino. Passou a falar que “o Recife precisa de uma Prefeita”, fazendo alusão às características femininas do cuidado.
A imagem de Marília antes da eleição de 2020 era a de alguém que teve coragem de romper com o PSB, mesmo sendo da família Arraes e tendo sua história política de alguma forma atrelada ao partido do seu avô e do seu tio Eduardo Campos. Ao mesmo tempo, João Campos desponta como um jovem que passou pela perda precoce do pai e que escolheu a política como vocação. A sua imagem jovial contrasta com o discurso que tenta demonstrar firmeza. Os adversários, em diversas ocasiões, cobraram um do outro respeito ao legado de Miguel Arraes.
Como o voto evangélico pode influenciar a eleição?
Um fato novo do segundo turno foi a força de desconstrução da candidata petista, não apenas pela questão partidária, mas pelo viés religioso. Logo no início da corrida do segundo turno, ainda no embate dos apoios dados a cada um dos postulantes, inserções do PSB na TV e no rádio começaram a questionar a formação religiosa de Marília Arraes, colocando-a como alguém que, em determinadas ocasiões da sua trajetória como vereadora, havia adotado posturas anti-cristãs, como o posicionamento contrário à leitura da Bíblia no início das sessões plenárias. Em seguida, panfletos apócrifos passaram a ser distribuídos na saída de templos religiosos com esse mesmo teor, conforme apresentado em artigo do Observatório das Eleições.
A candidata recorreu às redes sociais para gravar mensagens em que reafirmava a sua postura cristã e para repudiar essa estratégia de “ataques pessoais” da campanha socialista. Também conseguiu atrair lideranças religiosas, inclusive do segmento evangélico (recebeu o apoio de 12 congregações), que se disseram contrários aos ataques desferidos contra a petista.
Mas, de acordo com as pesquisas, a maior parte dos eleitores evangélicos passou a apoiar o candidato João Campos. Na pesquisa Ibope divulgada em 19 de novembro, Campos se destaca na preferência dos eleitores evangélicos com 44% das intenções de voto, contra 32% da candidata petista.
A pesquisa do Datafolha publicada no dia 20 de novembro também apresenta diferença na preferência dos eleitores evangélicos. Dentre os entrevistados evangélicos, 33% mencionaram ter preferência por Marília e 38% por João Campos. Entre os católicos, 44% preferem Marília e 35% a Campos. A intensidade das campanhas marcada por embates e difamações podem ter influenciado a intenção de votos. Na segunda rodada da pesquisa Datafolha publicada no último dia 25, a porcentagem de evangélicos que preferem o candidato socialista cresceu passou para 51% contra 30% dos que mencionaram preferir a candidata Marília. Entre os entrevistados católicos, 46% preferem Marília e 39% João Campos.
Disputa judicial e fake news
A uma semana do pleito, a revista Veja publicou uma matéria apresentando denúncia feita pela 43ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania, em que acusa Marília Arraes de ter cometido improbidade administrativa, juntamente com quatro ex-assessores, quando foi vereadora do Recife. Datada de 10 dezembro de 2019, a denúncia desencadeou pedido à Polícia Civil para instaurar inquérito, a fim de apurar os fatos. De acordo com a revista, a denúncia diz respeito a supostas irregularidades no pagamento de servidores do gabinete, que receberiam salários e não prestariam serviços, nos anos de 2014 e 2017. O fato tem sido amplamente explorado pela campanha socialista, assim como a divulgação de áudio do deputado federal Túlio Gadelha (PDT), em que supostamente confirma a realização de atos de improbidade ligados à remuneração de servidores do gabinete de Marília Arraes.
O partido de Gadelha apoia João Campos, inclusive indicou Isabella de Roldão como vice, mas o deputado se colocou publicamente contra essa postura. No segundo turno, rompeu sua posição de neutralidade e declarou publicamente apoio a Marília Arraes.
A candidata divulgou notas e falou publicamente sobre tais acusações, dizendo-se se tratar de uma denúncia e de um processo já arquivados, por não serem procedentes. A partir daí, os dois candidatos passaram a travar brigas judiciais, no caso de Marília para retirar as propagandas sobre o assunto do ar; no caso de João Campos, para mantê-las.
Desafio do último dia: reduzir a abstenção eleitoral
O corpo a corpo para conquistar o eleitor ainda continuará até que a votação seja encerrada. E até lá, os candidatos têm a missão de convencer os eleitores de irem às urnas e reduzir a abstenção verificada no primeiro turno, além do elevado número de brancos e nulos apontados até o momento pelos Institutos de Pesquisa.
Seja como for, até a apuração do resultado, a disputa familiar recifense promete muitas emoções.
*Priscila Lapa é doutora e mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco, possui graduação em Comunicação Social (Jornalismo) e em Serviço Social. Professora na Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (FACHO) e Analista Técnica no SEBRAE-PE, atuando na área de Políticas Públicas.
Luciana Santana é doutora e mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais, com estância sanduíche na Universidade de Salamanca. É professora adjunta na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), é líder do grupo de pesquisa: Instituições, Comportamento político e Democracia, e atualmente ocupa a vice-diretoria da regional Nordeste da ABCP.